"Estou estarrecida. Certas pessoas estão escrevendo que eu merecia
isso, por meu posicionamento político de esquerda, de feminista. Já
atingiram o meu olho, mas não vão me calar. Na sala de aula é uma coisa,
mas nas redes sociais tenho todo o direito de me expressar", afirmou a
professora, que se desdobra em dois empregos, nas redes municipal e
estadual, para sustentar a família.
Com a voz embargada, Friggi definiu sua condição:
"Exerço uma das profissões mais dignas do mundo, com um salário miserável".
A escola onde Friggi foi agredida, na qual leciona há quatro anos, dedica-se ao ensino de jovens e adultos.
"Somos agredidos verbalmente de forma cotidiana. Fomos [os professores]
relegados ao abandono de muitos governos e da sociedade. Somos reféns
de alunos e de famílias que há muito não conseguem educar. Esta é a
geração de cristal: de quem não se pode cobrar nada, que não tem noção
de nada", lamenta.
Socos na escola
Conforme relatou em uma postagem no Facebook, já compartilhada mais de
321 mil vezes, Friggi foi agredida por um estudante durante a aula.
Ao pedir que o aluno colocasse um livro que estava entre as pernas
sobre a mesa, a professora conta que foi xingada. Depois, o aluno jogou o
livro em sua direção.
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