Por Igor Fuser
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem
NADA A VER com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de
combate à corrupção. Dilma não é acusada de roubar um único centavo. O pretexto
usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do governo, a chamada
"pedalada fiscal", é um procedimento de gestão do orçamento público
de rotina em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal, e foi
adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela,
simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais,
para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à
Caixa. Não obteve nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos
conseguem acusá-la de qualquer ato de corrupção.
O impeachment é um golpe justamente por isso, porque a
presidente só pode ser afastada se estiver comprovado que ela cometeu um crime
- e esse crime não aconteceu, tanto que, até agora, o nome de Dilma tem ficado
de fora de todas as investigações de corrupção, pois não existe, contra ela,
nem mesma a mínima suspeita.
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